Os Xavante se autodenominam A’uwê Uptabi (“gente verdadeira”). Pertencem ao tronco lingüístico macro-jê e à família lingüística jê. São um povo tradicionalmente coletor, caçador e pescador. Seus principais rituais incluem: oi’ó, dahono, darini, wa’ía, entre outros. Produzem artesanato com o buriti, algodão, madeira e algumas sementes. Apesar das ameaças à sua soberania territorial, a cultura Xavante continua a se manifestar com extrema vitalidade, sendo retransmitida de geração em geração através da língua, dos rituais e cerimoniais.
Entre suas práticas esportivas estão o uiwede (“corrida de tora de buriti”), uma corrida de revezamento em que duas equipes de gerações diferentes correm cerca de 8 km, passando uma tora de palmeira de buriti de cerca de 80 kg de um ombro para o outro até chegarem ao pátio da aldeia.
Em Marãiwatsédé, a sociedade xavante é divida verticalmente em duas metades, e cada uma corresponde a um clã. A comunidade também se agrupa em oito classes de idade. Esses grupos são: Nodzö’u (pé de milho), Anorowa (esterco), Tsadaro (sol), Ai’rere (pequena palmeira), Hötora (espécie de peixe), Tirowa (carrapato), Ẽtepá (pedra comprida) e Abare’u (pé de pequi).
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